(PT/ENG) In this engaging exchange between students from Brazil and India, Ashley de Souza and Anirban Nandi explore the critical issue of social inequality through the lens of education, aligning with the United Nations’ Sustainable Development Goal 4: Quality Education. Ashley shares her reflections on the challenges Brazil faces regarding unequal access to education and its historical roots, while Anirban provides insights into the situation in India, emphasizing the impact of socioeconomic disparities and government initiatives. Their correspondence offers a rich perspective on how education can act as a catalyst for social equity in diverse global contexts.
Letter 1
17thApril 2024
Oi Anirban,
Me chamo Ashley Souza, moro em Recife, uma das principais cidades do estado de Pernambuco, que fica localizado no nordeste brasileiro. O Brasil é um país de proporções continentais, temos 26 estados brasileiros ,mas cada um possui características culturais e econômicas únicas, o que consequentemente resulta em uma desigualdade social bem alarmante. Hoje, o Brasil se encontra na posição de país subdesenvolvido, não pela ausência do dinheiro ,mas sim, pela falta de uma distribuição mais equitativa entre os estados. Infelizmente, mesmo com grandes centros tecnológicos e econômicos como as cidades de São Paulo e Recife, ainda é possível observar lugares nos quais faltam água e energia elétrica para as pessoas sobreviverem. Sinto que viver em um país assim, com grandes abismos econômicos me gera um sentimento de tristeza por não conseguir normalizar o fato de que pessoas ainda morram de fome enquanto outras consomem carne com folhas de ouro.
Infelizmente, a nossa desigualdade social tem ligação histórica com a nossa formação como país independente. O Brasil foi colônia de Portugal por muitos anos, o que nos resultou em um processo de exploração da terra e das pessoas. Por haver naquela época o domínio de Portugal sobre o território, era normalizado o uso de pessoas vindas da África, e aqui se tornavam escravizadas, para servirem como mão de obra, sem nenhum direito sobre si próprio. Porém, com o fim da escravidão e o processo de independência do país no século XIX, o Brasil se viu sem nenhum plano de desenvolvimento social. As pessoas que aqui estavam não possuíam residência, nem lugar para ir, o que resultou na ida de muitos para os grandes morros afastados dos centros, construindo moradias precárias o que ,hoje, são as chamadas favelas brasileiras. Além do mais ,houve também, um crescimento econômico descentralizado em algumas regiões o que afetou ,ainda mais, a igualdade social do país como um todo.
Penso muito sobre o quanto a permanência da desigualdade social afeta o desenvolvimento do país. Para mim, a maior consequência disso é a falta de acesso à educação pública de qualidade para todos os brasileiros. São poucas pessoas de baixa renda que conseguem chegar a uma universidade, na maioria das vezes, muitos abandonam a escola e desistem do sonho de ter uma profissão com formação acadêmica para trabalhar e ajudar no sustento da casa , ainda na adolescência.
As diferenças de classes sociais separam muito os cidadãos. Eles não se reconhecem como pertencentes a mesma coisa. As pessoas mais ricas acreditam que as mais pobres são um problema ,pois para elas não conseguir ter uma estabilidade econômica tem relação com a falta de esforço e de luta para alcançar os objetivos (o que eu chamo de mito da meritocracia, já que em um país como o Brasil é impossível de funcionar ,visto que, não são fornecidas as mesmas condições de igualdade pra ocorrer uma competição). E as pessoas mais pobres enxergam nas mais ricas a culpa pela situação em que elas vivem. Não conseguem compreender o processo em que a desigualdade foi construída no Brasil, e que a falta de união entre os cidadãos brasileiros faz com que todos se anulem do combate ao real problema.
Hoje, a atual política tenta minimizar a desigualdade social a partir do incentivo a programas do governo, que oferecem auxílios econômicos às famílias de baixa renda. Essa ajuda financeira acontece para as famílias que possuem crianças em escolas públicas, pois assim auxiliam elas a se manterem alimentadas e dentro das escolas ( aqui esse programa assistencial é chamado de “bolsa família”).
Porém, ainda é muito pouco comparado à riqueza do país e a quantidade de pessoas em baixa e extrema pobreza. Me incomoda muito o fato do Brasil ser um dos maiores exportadores de alimentos e ainda ter cidadãos brasileiros morrendo de fome.
Estou ansiosa para saber como as coisas acontecem no seu país!
Gostaria de saber se você acha possível haver uma redução significativa da desigualdade social em seu país?
Existe alguma política pública de combate à desigualdade social na Índia?
É comum haver a discussão sobre o problema da desigualdade social aí na Índia?
Letter 2
Ranchi, 24-04-2024
To: Ashley de Souza
Topic: Societal inequality & its impact on quality education in India
Dear Ashley,
Greetings from India! I hope this letter finds you well. I’m delighted to receive your insightful letter sharing the perspective of Brazil on social inequality and its impact on quality education. I am glad to hear your thoughts and I am so overwhelmed that your words resonated deeply with me, and I appreciate you taking the time to provide such a comprehensive understanding of the challenges your country faces.
Before deep-diving into further discussion about the topic, I want to give you a brief introduction about myself. I am Anirban Nandi, 26 years old, currently pursuing my Post Graduation Diploma in Human Resource Management from Xavier Institute of Social Service (XISS), Ranchi. I have just completed my first year in the course and will enter into my 2nd year of the course in the coming month of July. I have work experience of 3 years as a software developer and now want to take my role further in Human Resource Management. My hobbies include painting, reading novels, and travelling and I have a specific interest in the collection of postcards and fridge magnets from the places where I travelled. You will be amazed to hear that there is a very strong bond exists between India and Brazil and the common connection is our passion and love for football. You will be amazed to hear that most of the Indians support Brazil in the Football World Cup and we all are die-hard fans of the Brazilian aesthetics in football.
India is situated at the head of the Indian Ocean in the continent of Asia and is often termed the Indian subcontinent. It is divided into 28 states and 8 union territories and all of them are culturally extremely different from each other – in terms of languages, religious practices, foods, and clothing, and this gives us a sense of cultural diversity, a true sense of “All-in-one” but also it is one of the major reasons of different issues in Indian society as identified by you in Brazil as well. Though India is the 5th largest economy in the world still the country is facing huge challenges revolving around poverty, illiteracy, corruption, inequality, gender discrimination, terrorism, casteism, unemployment, communalism, drug abuse and violence against minority groups by the majority group in different areas.
Here in India, the situation is not too dissimilar. Despite being a rapidly developing nation, we too grapple with the challenges of widespread poverty, inequitable access to resources, and a vast economic divide between the privileged and the underprivileged sections of society. India is a diverse nation as I have previously mentioned, with multiple cultures, religions, and languages coexisting. While this diversity is a source of our rich heritage, it has also contributed to complex social stratification and disparities. The caste system, which has its roots in ancient Hindu traditions, has played a significant role in perpetuating inequalities, with certain communities facing systemic discrimination and marginalization for generations. Sharing a kind of similar background to Brazil, India was a British colony for more than 200 years which led to the continual degradation of its wealth, increased poverty and caste discrimination increases more rapidly which was fueled by the colonizers for their own benefit. The reservation of specific castes in education and government jobs makes it more complex in today’s scenario. Though the constitution tries to bring back the underprivileged classes to the main Indian societal flow through these initiatives, the malpractices of the same cause the continuity of caste discrimination in education and jobs.
One of the major challenges we face is ensuring access to quality education for all. Like in Brazil, many children from poor backgrounds are forced to drop out of school due to financial constraints or the necessity to contribute to their family’s income. This vicious cycle of poverty and lack of education continues to hinder social mobility and perpetuate inequalities. Population explosion in India is one of the major reasons which plays a crucial role in this journey of inequality & inequity. There is a significant lack of interest from the rich classes here in India also to take proper initiatives for their poor counterparts and they try to detach them from them.
Additionally, India faces challenges in terms of gender inequality, with women often facing discrimination and limited access to resources, education, and employment opportunities. Although progress has been made in recent years, there is still a long way to go in achieving true gender equality.
However, the Indian government has implemented various initiatives to combat social inequality and promote inclusive education. The Right to Education Act (RTE) aims to ensure free and compulsory education for all children between the ages of 6 and 14. Additionally, programs like the Mid-Day Meal Scheme provide nutritious meals to students, encouraging attendance and retention in government schools. The Mahatma Gandhi National Rural Employment Guarantee Act (MGNREGA) has been implemented, which guarantees 100 days of wage employment to rural households and has played a crucial role in alleviating poverty and promoting inclusive growth.
While these measures have made a positive impact, there is still a long road ahead. Economic disparities, deep-rooted cultural beliefs, and lack of awareness continue to hinder progress. Discussions on social inequality are becoming more prevalent, particularly among the younger generation, who are increasingly vocal about these issues and demanding systemic changes.
In my opinion, addressing social inequality requires a multi-pronged approach that includes policy reforms, investment in education and healthcare, and a shift in societal mindsets. Though the government has taken various initiatives as above mentioned because of multiple factors, societal inequality is still prevalent, and it took a significant amount of time to minimize it further. It requires a concerted effort from all stakeholders – the government, civil society, and individual citizens – to challenge deep-rooted prejudices, promote inclusive policies, and foster a sense of unity and shared responsibility towards building a more just and equitable society.
It is essential to foster an environment of inclusivity, where every individual, regardless of their background, has equal opportunities to thrive and contribute to the nation’s development.
I hope I have answered all of your questions. I’m interested to learn more about your perspectives and experiences. Here are a few questions through which I wanted to know your perspective –
In your opinion, what role can education play in bridging the social and economic divides in Brazil?
Are there any successful grassroots or community-led initiatives in Brazil that are working towards promoting social equality and uplifting marginalized communities?
How can we, as global citizens, contribute to the fight against social inequality and promote a more just and equitable world?
I sincerely look forward to continuing our enriching exchange of ideas and learning more about the challenges and approaches in our respective countries. Till then, wish you good luck and happiness.
Warm Regards,
Anirban
Letter 3
Para: Anirban Nandi Recife, 08/05/2024
Oi Anirban! Adorei receber a sua carta e saber um pouco mais sobre você e sua história, não sabia que o Brasil e a Índia podiam ter tanto em comum. Acho que na minha primeira carta acabei esquecendo de me apresentar um pouco mais, bom, tenho 22 anos e atualmente faço faculdade de arquitetura e urbanismo na Universidade Católica de Pernambuco, estou no meu segundo ano e amo atuar nessa área de arquitetura ,mas sempre fui uma pessoa com múltiplos gostos e um deles é o estudo da sociedade. AMEI saber que você gosta de arte ( é a minha paixão também). A sua carta me fez refletir bastante o quanto as questões históricas refletem nos dias atuais, pois não tinha dimensão sobre o quanto a Índia carregava consigo certas problemáticas que nem deveriam existir neste século.
Um ponto que me chamou a atenção na sua carta foi você relatar que a Índia é considerada a quinta maior economia do mundo, ou seja, os problemas de desigualdade não são ligados a falta de dinheiro, como aqui no Brasil,mas sim, a não repartição igualitária para as pessoas. Infelizmente, não há como iniciar qualquer discussão sobre a busca por educação de qualidade sem citar o processo de desigualdade social. Isso porque, observo que ao longo da construção social do Brasil ( e acredito que a Índia também se assemelha) a educação sempre esteve voltada como forma de dominação , ou seja, muitas lideranças políticas preferiam ter uma população sem acesso à educação como forma de facilitar a manipulação do povo e assim perpetuar a exploração da mão de obra mais barata. É muito comum ver pessoas que não chegaram a concluir o nível básico de ensino ,devido a falta de acesso à escola. A educação é um processo longo, que leva anos de escola e dedicação,mas a fome é algo que bate na porta , hoje , ela é urgente e por isso muitos desistem.
Observo que não é uma prioridade no Brasil ter uma educação pública de qualidade, ter pessoas pensantes faz com que a sociedade não aceite qualquer coisa, e isso resultaria em uma grande mudança política aqui no país. O nosso sistema atual de ensino é falho, não existe um planejamento, além de estar longe da realidade, por exemplo, hoje, com todo avanço tecnológico e operacional, grandes indústrias e empresas ,na maioria das vezes, tem a necessidade de importar profissionais qualificados em outros países devido a falta de brasileiros com certificação, o que ao meu ver é algo bem sério principalmente aqui em Recife ,capital em que vivo, pois temos um dos maiores polos de tecnologia do país ( até brincamos dizendo ser o vale do Silício brasileiro kkk) ,mas não há um projeto educacional voltado na qualificação de brasileiros para as necessidades do atual mercado de trabalho.
Aqui no Brasil existem escolas públicas em todos os níveis de ensino, porém, elas costumam ser precárias, com péssimas estruturas e profissionais , que devido a baixa remuneração e valorização, não procuram fazer algo realmente transformador.
Os níveis de evasão escolar também são bem amplos oque atinge, principalmente, a camada mais pobre da sociedade. Para ter um pouco de noção sobre a situação, temos ainda cerca de 10 milhões de pessoas analfabetas que não sabem nem ler nem escrever, dentro desse número a maioria são as pessoas pretas e pardas que vivem nas periferias e interior do país. É um valor bem alto ainda diante da capacidade econômica que o Brasil possui. Aqui as discriminações de gênero não são tão fortes, como você pontuou que era na Índia, mas as discriminações raciais sim! As pessoas pretas ,infelizmente, sofrem muito com o preconceito e o acesso a certas profissões. As Universidades Públicas até destinam uma cota racial no número de ingressantes nos cursos ,como uma forma de ampliar o acesso de pretos e pardos ao ensino de graduação, mas ainda é muito pouco.
Para mim, atingir a meta proposta pela ONU de ter uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade até 2030 é um pouco improvável de acontecer aqui no Brasil. Isso devido às inúmeras problemáticas básicas que ocorrem aqui como descrevi acima. Acredito que precisaria de um esforço coletivo entre o público e o privado para conseguir enfrentar a problemática da educação.Porém, com as camadas mais ricas é inviável contar com esse apoio, já que para eles é benéfico existir a desigualdade educacional. Hoje, o Brasil se encontra em uma situação de polaridade política o que enfraquece qualquer discussão sobre temas sociais.
Portanto, é imprescindível que a educação seja uma prioridade tanto aqui quanto na Índia, pois o acesso ao ensino de qualidade é o caminho para a construção de um país melhor, com redução da desigualdade social e o fim da extrema pobreza, as pessoas ,assim,teriam a chance de conseguir mudar de vida ,além de, criarem uma maior consciência política e social. Um outro fator positivo em investir na educação é a questão econômica, que faria com que o país saísse da periferia do capitalismo e não se restringiria a apenas um exportador de commodities mas também de mão de obra qualificada, que geraria mais empregos e consequentemente uma maior movimentação econômica igualitária.
Aqui no Brasil temos alguns programas sociais de incentivo a educação em todos os níveis de ensino, como o “Bolsa Família’’- que destina uma verba para famílias que recebem menos de salário mínimo (R$ 200,00 reais por pessoa) e uma das regras para ter acesso ao benefício é ter as crianças da família com frequência nas escolas. Existe também o FIES- que funciona como um empréstimo estudantil para graduação em universidades particulares e o PROUNI- que são bolsas universitárias dadas pelo governo para quem concluiu o ensino em redes públicas de ensino.Mas ,ainda não é o suficiente para reduzir a falta de acesso ao ensino.
Nós cidadãos podemos contribuir fomentando discussões sobre a importância de uma educação justa e de qualidade, e entender também a necessidade do voto para o país (aqui o voto é obrigatório) , buscando mais a fundo quem são os políticos que nós elegemos para os cargos públicos. É um processo de desempenho de micropolítica, pois a construção do país é de responsabilidade de todos nós.
– Por parte do governo do seu país e estado qual a posição em relação ao fim da desvalorização da educação? são a favor ou contra?
– Existe algum programa social que estimule o acesso à educação na Índia?
– Para você,como nós cidadãos podemos atuar para solucionar o problema da educação?
OBS: até o momento em que estou escrevendo essa carta, está ocorrendo uma greve dos professores das universidades em todo país, eles reivindicam aumento salarial e todos os alunos estão com aulas suspensas até que ocorra um acordo final.
Para mim, foi um grande prazer ter essa troca de experiências com você, adorei conhecer um pouco mais sobre você e seu país espero um dia, inclusive, visitá-lo. Se tiver qualquer outra dúvida pode me perguntar. Te desejo felicidades, um grande abraço!
Ashley Souza
Letter 4
Ranchi, 22-05-2024
To: Ashley de Souza
Topic: Government Responsibility, Social Programs & Citizen’s Initiatives in Education Program
Dear Ashley,
I hope this letter finds you well! I was delighted to receive your heartfelt letter – finally a glimpse of you as a person and a profound insight into the educational challenges faced by Brazil. It’s remarkable how, despite our geographical distance, we share similar concerns and aspirations regarding access to quality education for all. Your letter has not only deepened my understanding of the Brazilian context but has also prompted me to reflect on the situation in India.
You raised some pertinent questions about the Indian government’s stance on education, social programs, and the role of citizens in addressing this crucial issue. Allow me to provide you with an Indian perspective, drawing from my experiences and observations.
The Indian government has acknowledged the paramount importance of education and has taken various initiatives to improve access and quality. However, the implementation and impact of these initiatives have been uneven across different states and regions, reflecting the vast diversity and complexities of our nation. The central government has launched programs like the Sarva Shiksha Abhiyan (Education for All Movement) which aims to universalize elementary education by providing infrastructure, resources, and support to improve enrolment, retention, and quality of education across the country and the Midday Meal Scheme to encourage enrollment and retention in government and government-aided schools, provides free lunches to students particularly in underprivileged areas. This initiative also addresses issues of hunger and malnutrition. Also, Indian government has initiated cash transfer programs like the Dhanalakshmi scheme.
Additionally, the Right to Education Act (RTE) in 2009 marked a significant milestone by making free and compulsory education a fundamental right for children aged 6 to 14. There has also been a growing recognition of the importance of early childhood education, with programs like the Integrated Child Development Services (ICDS) providing nutrition, health, and pre-school education to children under the age of 6.
While this legislation was a commendable step, the quality of education remains a persistent concern due to factors such as inadequate infrastructure, teacher shortages & absenteeism, and outdated curricula that fail to equip students with the skills specifically critical thinking &practical skill which is required for the 21st century and ultimately leads to high dropout rates, particularly among marginalized communities. The quality of education remains a concern, with a significant disparity between urban and rural areas, as well as between private and public institutions.
Like Brazil, India also grapples with deep-rooted socioeconomic disparities that profoundly impact educational opportunities. Poverty, gender discrimination, language barriers and social stratification based on caste and ethnicity create formidable barriers for many children in accessing education. The government has implemented affirmative action policies, such as reservations (quotas) in educational institutions, to promote inclusivity for marginalized communities. However, these measures, while well-intentioned, have faced criticism for their implementation and effectiveness.
I am heartened to learn about the social programs in Brazil that aim to increase access to education, such as the Bolsa Família and the university scholarship schemes. In India, we have similar initiatives, but their reach and impact need to be expanded. Various initiatives include scholarships, fee waivers, and subsidized educational loans to support students from economically weaker backgrounds. There are scholarship programs like the National Means-cum-Merit Scholarship Scheme and the National Fellowship for students from economically weaker sections. The government has also initiated programs like the Rashtriya Uchchatar Shiksha Abhiyan (RUSA) to improve the quality of higher education institutions. Indian Government also has launched Rastriya Madhyamik Shiksha Abhiyan (RMSA) for enhancing secondary education. However, the reach and impact of these programs have been limited due to bureaucratic inefficiencies, corruption, and a lack of awareness among the intended beneficiaries.
While government efforts are crucial, citizen engagement and collective action are equally important in addressing educational challenges. Also, I believe we must continue to advocate for education as a fundamental right and hold our leaders accountable for delivering on their promises. In India, civil society organizations, NGOs, and community-based initiatives have played a significant role in supplementing government efforts by establishing alternative educational models, providing vocational training, and raising awareness about the importance of education.
Citizens can contribute in various ways, such as advocating for policy reforms, holding authorities accountable, and participating in local initiatives that support education in their communities. Community involvement in school management and monitoring can also play a vital role in improving educational outcomes. Encouraging critical thinking, promoting inclusive narratives, and challenging societal biases are also essential in creating a conducive environment for learning and personal growth.
Additionally, the private sector has played a significant role in expanding access to education, particularly at the higher levels. However, this has also raised concerns about equity and affordability, as private institutions often cater to the more affluent sections of society.
In both India and Brazil, achieving the UN’s Sustainable Development Goal 4 (Quality Education) by 2030 remains a daunting task. However, with sustained efforts from all stakeholders, including governments, civil society, and citizens, we can strive to create a more equitable and inclusive educational landscape for future generations.
It is disheartening to learn about the ongoing strike by university teachers in Brazil, as this undoubtedly disrupts the educational continuity and negatively impacts students. While strikes are often a last resort for workers to voice their concerns and demand fair treatment, prolonged disruptions can have severe consequences for students’ academic progress and well-being. I hope that a fair and amicable resolution can be reached soon, ensuring that the rights and needs of both teachers and students are addressed.
In India, we have also witnessed instances of teacher strikes and protests, particularly regarding issues such as salary disparities, lack of permanent employment, and poor working conditions. These situations highlight the need for continuous dialogue, fair negotiation, and a concerted effort to improve the overall educational ecosystem, ensuring that both educators and learners can thrive in a supportive environment.
As we navigate these challenges, it is essential to recognize that education is not merely a means to economic prosperity but a fundamental human right that empowers individuals, transforms communities, and shapes the future of our societies. By fostering a culture of learning, critical thinking, and empathy, we can cultivate a more just, equitable, and sustainable world.
Though I look forward to continuing our dialogue and learning more about your experiences and insights, unfortunately this is our last exchange. Our exchange has reinforced my belief that by sharing our stories and perspectives, we can gain a deeper understanding of the complexities involved in achieving quality education for all and inspire each other to be agents of positive change.
Lastly, I would like to commend you for your passion and dedication to architecture and urbanism. Your interest in understanding societal issues and their historical roots is admirable. Wishing you all the best in your studies and endeavours.
Warm regards,
Anirban Nandi